Multipropriedade no Brasil: mercado em crescimento
A multipropriedade, também conhecida como férias compartilhadas, é um modelo que vem transformando o setor imobiliário e turístico no Brasil. Regulamentada pela Lei nº 13.777/2018, que garante segurança jurídica e matrícula individual para cada fração do imóvel, a modalidade conquistou espaço e ganhou maturidade nos últimos anos. O resultado é um mercado que movimenta bilhões, impulsiona o turismo em destinos estratégicos e democratiza o acesso à segunda moradia.
Dados de mercado: expansão acelerada
Em pouco mais de uma década, a multipropriedade deixou de ser um modelo pouco estruturado para se consolidar como um dos segmentos mais promissores do turismo brasileiro. Segundo a ADIT Brasil e a consultoria Caio Calfat Real Estate Consulting, em 2025 o país já conta com 216 empreendimentos (mapeados em diferentes status: 21 em fase de lançamento, 78 em construção e 117 prontos) em 97 cidades, somando um Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de R$ 92,7 bilhões.
Esse número representa um crescimento de 16,6% em relação a 2024, com aumento não apenas do volume financeiro, mas também do número de unidades habitacionais e da diversidade de destinos. Da oferta total, 115 empreendimentos estão disponíveis no mercado corrente e contam com 27.478 UHs disponíveis, concentrados principalmente nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste.
Além de gerar renda para incorporadoras e administradoras, o setor movimenta cadeias inteiras: construção civil, arquitetura, operação hoteleira, pagamento de tributos como IPTU, ITBI e ISS, além do comércio e serviços locais. Em destinos turísticos, isso se traduz em mais empregos, infraestrutura e novas oportunidades de negócio.
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Multipropriedade e turismo: impacto nos destinos
Um dos principais diferenciais da multipropriedade é a sua capacidade de impulsionar o turismo regional. A lógica é simples: ao oferecer cotas de uso em resorts e hotéis de alto padrão, a modalidade garante taxas de ocupação mais constantes, evitando a sazonalidade e mantendo a economia aquecida durante todo o ano.
Cidades como Olímpia (SP), Gramado (RS) e Canela (RS) são exemplos de como o modelo pode transformar destinos.
O caso de Olímpia
Com pouco mais de 55 mil habitantes, a cidade já figura como o segundo maior polo hoteleiro de São Paulo e o quinto do Brasil, com cerca de 35 mil leitos de hospedagem. A chegada da multipropriedade foi determinante para essa escalada, ampliando a oferta turística, atraindo 4 milhões de visitantes anuais e estimulando o surgimento de novos restaurantes, lojas, serviços de transporte e entretenimento.
A expectativa é de que o novo Aeroporto Internacional em construção consolide Olímpia como um dos principais destinos da América Latina, expandindo ainda mais o alcance da multipropriedade como vetor de crescimento
Perfil do consumidor brasileiro
Pesquisas realizadas pela Caio Calfat Real Estate Consulting e pela Mapie mostram que o perfil do comprador de multipropriedade é diversificado, mas com algumas características marcantes.
- Origem: 46% dos compradores são de São Paulo, mas o Nordeste desponta como destino favorito, citado por 43% dos consumidores.
- Número de cotas: mais da metade possui uma fração, enquanto 28% têm entre duas e três frações.
- Preferências de hospedagem: 49% optam por hotéis 4 estrelas, seguidos por resorts.
- Estilo de viagem: sol e praia são os mais procurados (88%), com parques aquáticos e temáticos também em alta.
Outro destaque é o alto índice de satisfação:
- 83,2% dos compradores afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o sistema.
- 97,4% elogiam as acomodações.
- 94,6% aprovam a qualidade dos serviços e do atendimento.
Esses dados reforçam a legitimidade do modelo, regulamentado e com alto índice de satisfação entre os usuários.
Oportunidades de valorização
As tendências do mercado indicam um cenário promissor para a multipropriedade, especialmente em destinos turísticos de alto potencial. Além de democratizar o acesso a resorts de alto padrão, a multipropriedade representa uma oportunidade de valorização patrimonial.
O comprador paga apenas pelo período que utiliza o imóvel, dividindo custos de manutenção e administração com outros coproprietários. Isso torna a multipropriedade uma opção mais acessível do que adquirir uma casa de férias ou arcar sozinho com diárias caras.
Outro ponto crucial é a segurança jurídica. No Brasil, a multipropriedade é formalizada por escritura pública, o que assegura a posse, permite a herança e fortalece a confiança do consumidor. Não por acaso, 49% dos compradores afirmam que a existência de escritura foi decisiva para a aquisição da fração.
A demanda por imóveis de férias, a valorização das regiões turísticas e a crescente busca por experiências exclusivas sem abrir mão da produtividade, torna esse modelo uma excelente oportunidade de investimento. O resultado é a fidelização de famílias que passam a viajar mais, gastar mais por viagem e valorizar experiências personalizadas.
O futuro do setor
A multipropriedade no Brasil já é uma realidade consolidada e tende a crescer ainda mais. Segundo os últimos levantamentos, o número de empreendimentos quase dobrou desde 2020, saltando de 109 para 216, com presença em 97 cidades de 18 estados. Esse movimento mostra a interiorização do modelo e sua adaptação a diferentes contextos turísticos e regionais.
A tendência é de crescimento estruturado e qualificação da oferta com empreendimentos mais modernos, foco em experiências, autenticidade local e sustentabilidade. A ADIT Brasil e entidades do setor também trabalham na profissionalização das vendas e no fortalecimento de boas práticas, para garantir maior transparência e longevidade, consolidando a multipropriedade como uma das frentes mais promissoras do mercado imobiliário e hoteleiro brasileiro.
Conclusão
A multipropriedade deixou de ser uma novidade para se tornar um motor de desenvolvimento turístico e econômico no Brasil. Ao unir segurança jurídica, racionalidade financeira, democratização do acesso e impacto positivo nos destinos, o modelo segue conquistando consumidores e ampliando fronteiras.
Seja para famílias em busca de férias garantidas, investidores que enxergam no segmento uma forma inteligente de diversificar patrimônio, ou destinos que querem atrair novos visitantes, a multipropriedade representa um mercado em franca expansão, que deve ganhar ainda mais relevância nos próximos anos.
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